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Etteilla e seu

método divinatório

A primeira integração conhecida entre Tarô e Astrologia

Texto de Elizabeth Hazel e James W. Revak
publicado em www.villarevak.org

Tradução de Alexsander de Abreu Lepletier

 

A primeira correlação conhecida entre Tarô e Astrologia e sua aplicação prática está documentada historicamente. Publicada pelo ocultista francês Etteilla, em 1785, essa integração inclui as primeiras correspondências feitas entre Tarô e Astrologia, bem como uma técnica de tiragem apoiada nos dois sistemas.

 

O original do texto de Elizabeth Hazel e James W. Revak, traduzido por Alexander de Abreu Lepetier, encontra-se em www.villarevak.org/astro/main.html

 

Quem integrou Astrologia e Tarô pela primeira vez? Como ele ou ela aplicou essa integração na prática divinatória? Como os Tarólogos poderiam aplicá-la em leituras reais atualmente?

 

Esse artigo procura responder a essa e outras perguntas. Nele está documentada o primeiro registro da integração Tarô-Astrologia e sua aplicação na prática divinatória, introduzida pelo ocultista francês. Constitui o primeiro método de leitura com Tarô baseado em Astrologia e uma série de correspondências entre as suas Artes.

 

Esse artigo procura responder a essa e outras perguntas. Nele está documentada o primeiro registro da integração Tarô-Astrologia e sua aplicação na prática divinatória, introduzida pelo ocultista francês. Constitui o primeiro método de leitura com Tarô baseado em Astrologia e uma série de correspondências entre as suas Artes.

 

O texto está organizado em duas partes. A primeira –História – documenta a fusão entre Tarô e Astrologia de Etteilla. Nela discute-se brevemente algumas de suas conquistas e oreconhecimento pelos seus contemporâneos, em especial Waite. A segunda parte – Método Astrológico de Etteilla – resume a aplicação divinatória e inclui guias para os tarólogos praticantes.

 

Parte 1: Panorama Histórico

 

Historiadores e praticantes da arte têm reconhecido o impacto do Tarólogo Jean-Baptiste Alliette (1738-1791), mais conhecido como Etteilla (seu sobrenome de trás para frente), em maneiras extraordinariamente divergentes. Kaplan comenta que “as opiniões acerca dele iam de cínico a venerável”[1]. Algumas autoridades ocultistas tradicionais, por exemplo, Levi [2, 3] e Waite [4] , criticavam severamente suas ideias e o Baralho de Tarô que ele publicou (cerca de 1788) [5], culpavam-no por ganhar a vida como cartomante descrevendo-o erroneamente como um barbeiro ou peruqueiro, e até mesmo questionando sua inteligência. Por exemplo, Waite descreveia seus livros como “colportage (escrita limitada)” e sua visão do Tarô “bizarra”, e alegavam que ele “ele se levava muito a sério e posava mais como um sacerdote das ciências ocultas do que um simples adepto da “l’art de tirer les cartes (a arte de tirar as cartas)”[6].

 

Mais recentemente Giles escreveu que seu “efeito primário foi a popularização de Tarô, mais do que contribuir para a teoria ou design das cartas.” [7] Por outro lado, Decker, De Paulis, e Dummett argumentaram: “Embora Etteilla receba pouco crédito na literatura popular hoje em dia, a ele podem ser creditados muitos “primeiros”…[8]

Primeira página do livro de Etteilla, Manière de se récréer avec le jeu de cartes nommées tarots (1785).  Reproduzido de Jacques Halbronn em L'Astrologie du livre de Thot: suivie de récherches sur l'histoire de l'astrologie du tarot (1993) Ed. de la Maisnie & Ed. de la Grande Conjontion)

Com certeza, Etteilla foi o primeiro a: [9, 10,11]

 

• Publicar um livro dedicado ao Tarô esotérico, "Manière de se récréer avec le jeu de cartes nomées tarots (Como se divertir com o jogo de cartas chamado Tarô) [12] (que continha, em grande parte, um método relativamente completo para leitura de Tarô, incluindo significados divinatórios para cada carta e tiragens);

 

• Publicar um baralho de Tarô especificamente para divinação e práticas esotéricas (incluindo a discussão de Filosofia Oculta) ao invés de jogos lúdicos, que permaneceram popular no Século XIX;

 

• Integrar Tarô e Astrologia sistematicamente;

 

• ganhar a vida como um tarólogo profissional reconhecido;

 

• E a fundar uma organização dedicada especificamente ao estudo do Tarô Esotérico, a Société dês Interprètes du Livre de Thot (Sociedade dos Interpretes do Livro de Thot).

 

Entre outras realizações, Etteilla publicou um livro mais antigo, Etteilla, ou manière de se récréer avec un jeu de cartes [Etteilla, ou como se divertir com um Baralho] (1770), que era dedicado a prática divinatória através das cartas normais, especificamente o jogo de Piquet, um baralho popular reduzido.[13] Além disso, ele e seus seguidores, que incluíam leitores de cartas treinados por ele [14], influenciaram significantemente os significados de cartas assinados por ocultistas de ponta como Mathers[15],  Papus [16] e Waite [17], além de alguns tarólogos contemporâneos que ainda usam esses significados.[18]

 

 

Etteilla, pseudônimo de 
Jean-Baptiste Alliette 
(1738-1791)

O que, então, motivou Waite e ocultistas de mesmas ideias a criticar tão severamente Etteilla? Explicações sobre isso são numerosas e o objetivo desse texto impede uma abordagem mais detalhada. Todavia, a atitude ambivalente de Waite em relação a divinação pode ter, em parte, motivando-o a depreciá-lo. Ele declarou, “Eu odeio o profanum vulgus [a massa ignorante] de aparatos divinatórios”[19] e observou que “a vidente que pode usar com sucesso um baralho para divinação – tanto para prever como esclarecer – está colocando em prática, no mais baixo nível, o poder que existe dentro de si, que, se exercido com uma intenção mais alta para um objeto espiritual, poderia fazê-la um santa”[20] . Embora sua opinião desfavorável acerca da divinação, ele dedicou muito do Pictorical Key to the Tarot para a prática divinatória (incluindo tiragens significados para as cartas). Na verdade, aproximadamente metade de seus significados dependem de Etteilla e seus alunos. Ironicamente, num nível significativo, ele estimulou Etteilla.[21, 22] Além do mais, Waite publicou, sob o pseudônimo “Grand Orient”, um livro dedicado a numerosos métodos divinatórios, incluindo o Tarô.[23] Aparentemente sua atitude em relação a divinação era conflitante. Por Etteilla ter sido o primeiro Tarólogo profissional e que ganhava sua vida, em parte, das leituras de cartas, ele pode ter servido como um para raios, atraindo o fogo e o trovão de Waite cujos sentimentos pela divinação eram tão ambíguos.

 

Apesar da crítica, o registro histórico é claro: Etteilla fez mais do que meramente popularizar o Tarô. Ao invés disso, ele foi um ocultista significante, que teve contribuições significantes para a teoria, prática e design de baralhos, ao mesmo tempo que estabelecia precedentes surpreendentes.

Especialmente importante para esse estudo é a sua integração do Tarô com a Astrologia. Antes dele a única exposição do Tarô Esotérico foi em dois ensaios, essencialmente especulativos de Gébelin e Mellet no volume 8 (publicado em 1781) do, escrito por Gébelin, Le Mond Primitif, analysé et compare avec le Mond Modern (O Mundo Primitivo analisado e comparado ao Mundo Moderno)[24]. Todavia, os autores não tiveram a intenção de associar sistematicamente Tarô e Astrologia e a exposição de Mellet sobre divinação foi superficial e incompleta.

 

Quatro anos depois Etteilla publicou seu Manière de se récrée…tarots, e nele, aparece a primeira integração sistemática entre Tarô e Astrologia, incluindo o primeiro conjunto de correspondências entre Tarô e Astrologia e o primeiro método divinatório que integra as suas Artes. O último incluía, inclusive, uma tiragem baseada na astrologia.

 

O livro O Livro de Thoth – Tarô de Etteilla com o jogo completo de 78 cartas pode seradquirido na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolica.com.br

 

Nesse livro, Etteilla também escreveu uma profunda e detalhada instrução a Astrologia Horária, proporcionando numerosos guias práticos para os seus usuários e citando múltiplas autoridades no assunto, incluindo Ranzau e Lenoble.[25]

 

Para Etteilla, a integração entre Tarô e Astrologia era algo natural. Ele usava ambas as práticas como um conselheiro espiritual ou consultor.[26] Para uni-los ele se valeu de conceitos astrológicos selecionados para cartas selecionadas, incluindo os doze signos do Zodíaco que associou a 12 trunfos ou arcanos maiores (veja Apêndice A).

 

Esclarecimento (Sol)

Fama (Três de Ouros)

Reproduções do Grand Etteilla (Paris: Grimaud, 1975), baseadas no baralho original de Etteilla (1788), Etteilla, por exemplo, associou Éclaircissement [Iluminação] (que corresponde ao Sol nos baralhos mais tradicionais) com Touro; por isso, o símbolo desse signo aparece na parte superior esquerda e inferior direita dessa carta do seu baralho. Além disso ele associou conceitos astrológicos e planetários às cartas numeradas (Ás ao Dez) do naipe de Ouros (veja Apêndice B). Por exemplo, ele associou Vênus ao três de ouros, de forma que o símbolo desse planeta (no três de ouros) e uma imagem da deus Vênus aparecem nessa carta (veja abaixo).

 

Etteilla falha ao explicar, de forma clara, seu método ao associar correspondências; embora possa-se deduzir isso em parte. Valendo-se do Pymander [27], um texto Hermético, místico, da antiguidade Etteilla revisou conscientemente o tradicional Tarô de Marseille de forma a refletir claramente sua visão do cosmos e da criação. Dessa forma, o primeiro Trunfo, que representa o Vazio (não o Sol como na versão moderna da Grimaud de seu baralho) ilustra o Caos que precede a Criação.[28] A seguir, os Trunfos do dois até o sete ilustram a história da Criação. Etteilla também associa os Quatro Elementos, os blocos básicos construtores usados pelo Criador, dos Trunfos dois ao cinco; e os Signos do Zodíaco, a estrutura celestial básica estabelecida pelo Criador, dos Trunfos dois ao quinze.

 

Finalmente, para completar sua visão do cosmos ele associou os planetas e outros conceitos astrológicos às cartas numeradas do naipe de ouros, que ele e outros tarólogos[29] consideravam as cartas de nível mais baixo. Sua ordem para os planetas e os outros conceitos astrológicos era lógica: ele começou com o Sol, no centro do sistema solar, indo até Saturno, o planeta mais distante conhecido, e completou a séria com os Nodos Lunares e a Pars Fortunae (Parte da Fortuna) como “planetas sombra”. Dessa forma, o Tarô de Etteilla continha o cosmos conhecido, dos Trunfos, que incluíam as estrelas fixas do Zodíaco, descendo às cartas numeradas do Naipe de Ouros, que incluíam os Planetas.

 

É claro que as correspondências de Etteilla diferem daquelas adotadas posteriormente por Levi [30], Papus [31, 32] e a Ordem Hermética da Golden Dawn (a Aurora Dourada) [33]; embora, há muito, tenha sido difícil de se encontrar concordância entre todos os Tarólogos. Na verdade, após resumir e comparar os inúmeros sitemas, Bayard escreveu: “Qual a conclusão que se tira dessas comparações? É extremamente difícil determinar a afinidade entre as cartas e os signos astrológicos. Cada sistema tem suas vantagens e desvantagens que são peculiares a ele.”[35]

 

Em relação a divinação Etteilla defendeu um método específico que integrava Tarô e Astrologia e incluía uma tiragem baseada nas Doze Casas Zodiacais [36, 37]. Todavia, diferente de qualquer tiragem de doze casas oferecia pela literatura ocultista popular [38]ou conhecidados autores, Etteilla tema vantagem de produzir um Horóscopo, por exemplo, uma carta que apresenta fenómenos planetários e outros nas Casas Zodiacais específicas, que podem ser interpretadas de acordo com convenções astrológicas.

 

Embora os registros históricos são, aparentemente, silenciosos no assunto, provavelmente, os alunos de Etteilla usavam suas correspondências. Ainda, vários ocultistas de ponta, incluindo Christian [39], Papus [40, 41] e Wirth [42] rejeitariam a Integração de Etteilla em favor de suas próprias ou outras. Ocultistas que aderiram, ou foram significantemente influenciados pelos ensinamentos formais da Ordem Hermética da Golden Dawn [43, 44], tais como Mathers [45], Crowley [46], e Case [47], fizeram o mesmo. Todavia, todos deveram a Etteilla o fato dele ter sido o pioneiro na fusão do Tarô e da Astrologia. A próxima parte desse artigo descreve o método de Etteilla aplicando sua integração dos dois sistemas na divinação. Os autores assinalam onde houver alguma adaptação.

 

Notas

[1] Kaplan, Stuart R.  The Encyclopedia of Tarot.  Stamford,  CT: U.S. Games Systems, 1986, vol. 2, p. 398. 
[2] Lévi, Éliphas.  A.  E.  Waite, trans.  Transcendental Magic: Its Doctrine and Ritual.  Killa,  MT: Kessinger, n.d.  Originalmente publicado como: Dogme de la haute magie (1854) and Rituel de la haute magie (1855). 
[3] Lévi, Éliphas.  A. E. Waite, trans.  The History of Magic.  Kila, MT: Kessinger, n.d.  Originalmente publicado como: Histoire de la magie (1860). 
[4] Waite, A. E.  The Pictorial Key to the Tarot (Being Fragments of a Secret Tradition Under the Veil of Divination).  New York, NY: Barnes & Noble, n.d.  Publicado pela primeira vez em 1910. 
[5] Decker, Ronald, Theirry Depaulis, & Michael Dummet.  A Wicked Pack of Cards: The Origins of the Occult Tarot.  New York, NY: St. Martin’s, 1996. 
[6] Waite.  The Pictorial Key to the Tarot, pp. 49, 321. 
[7] Giles, Cynthia.  The Tarot: History, Mystery, and Lore.  New York, NY: Fireside, 1992, p. 26. 
[8] Decker, Depaulis, & Dummett, p. 99. 
[9] Revak, James W.  The Influence of Etteilla and His School on Mathers and Waite.  World Wide Web:http://villarevak.org/emw/emw_1.htm, 2000. 
[10] Decker, Depaulis, & Dummett. 
[11] Halbronn, Jacques.  L’Astrologie du livre de Thot: suivie de récherches sur l’histoire de l’astrologie du tarot [A  Astrologia do do Livro deThot: Seguida da Pesquisa sobre História da Astrologia do Tarô].  Paris: Éditions La Grande Conjonction, 1993.  Essa obra inclui uma reprodução do livro quarto do  Manière de se récréer . . . tarots de Etteilla.
[12] Etteilla.  Manière de se récréer avec le jeu de cartes nomées tarots [Como se diverter com umbaralho chamado Tarô] Amsterdam & Paris: Segault & Legras, 1785. 
[13] Decker, Depaulis, & Dummett. 
[14] Decker, Depaulis, & Dummett. 
[14] Mathers, S. L. MacGregor.  The Tarot: A Short Treatise on Reading Cards. York Beach, ME: Samuel Weiser.  Originalmente publicado como The Tarot: Its Occult Signification, Use in Fortune-Telling, and Method of Play (1888). 
[16] Papus.  Le Tarot divinatoire: clef du tirage des cartes et des sorts [ O Tarô divinatório: A Chave para ler as Cartas e a Sorte], 17th ed. St-Jean-de-Braye, France: Éditions Dangles, 1998.  Originalmente publicado em 1909. 
[17] Waite.  The Pictorial Key to the Tarot. 
[18] Revak, James W., ed. & trans.  Tarot Divination: Three Parallel Traditions.  World Wide Web:http://villarevak.org/td/td_1.htm, 2000. 
[19] Waite.  The Pictorial Key to the Tarot, p. 42. 
[20] Waite, A. E.  A Manual of Cartomancy and Occult Divination, 3d ed. Kila, MT: Kessinger, n.d., p. 5.  Originalmente publicado sob pseudônimo do autor, Grand Orient, em 1909. 
[21] Dummett Michael.  The Game of Tarot: From Ferrara to Salt Lake City.  London: Gerald Duckworth, 1980. 
[22] Revak.  The Influence of Etteilla. 
[23] Waite,  A. E.  A Manual of Cartomancy and Occult Divination. 
[24] Lhôte, Jean-Marie, ed.  Court de Gébelin: Le Tarot présenté et commenté par Jean-Marie Lhôte [Court de Gébelin: O Tarô Apresentado e Comentado por Jean-Marie Lhôte]. Paris: Berg International, 1983.  Essa obra incluiu uma reprodução do ensaio de Gebelin e Mellet sobre o Tarô que, originalmente apareceu no  Monde primitif. 
[25] Halbronn. 
[6] Decker, Depaulis, & Dummett. 
[27] Para uma discussão sobre o Pymander, veja Brian P. Copenhaver, The Greek Corpus Hermeticum and the Latin Asclepius in a New English Translation, With Notes and Introduction.  Cambridge: Cambridge University, 1992. 
[28] Decker, Depaulis, & Dummett. 
[29] Por exemplo , Mathers; Waite; e Papus, The Tarot of the Bohemians e Le Tarot divinatoire. 
[30] Lévi.  Transcendental Magic. 
[31] Papus.  A. P. Norton, trans., A. E. Waite, ed.  The Tarot of the Bohemians: Absolute Key to Occult Science, 3d ed. North Hollywood: Wilshire Book, 1970.  Originalmente publicado como Le Tarot des Bohémiens: Le plus ancien Livre du monde (1889). 
[32] Papus.  Le Tarot divinatoire. 
[33] Regardie, Israel, ed.  The Golden Dawn: A Complete Course in Practical Ceremonial Magic, 6th ed.  St. Paul, MN: Llewellyn, 1989.  A maior parte do seu conteúdo foi divulgado de formarestrita a data do final do século XIX e começo do Século XX. 
[34] Bayard, Jean-Pierre.  La Pratique du tarot: symbolisme, tirages et interprétations [Practical Tarot: Symbolism, Readings, and Interpretations].  St-Jean-de-Braye, France: Éditions Dangles, 1987, p. 131.  Translation by Revak. 
[35] Etteilla. 
[36] Halbronn. 
[37] Revak. The Influence of Etteilla. 
[38] For example, Eden Gray, A  Complete Guide to the Tarot, New York: Bantam Books, 1970; Mary Greer, Tarot for Your Self: A Workbook for Personal Transformation, West Hollywood, CA: Newcastle, 1984; and Regardie, The Golden Dawn. 
[39] Christian, Paul.  James Kirkup and Julian Shaw, trans., Ross Nichols, ed.  The History and Practice of Magic. New York: Citadel, 1963.  Originalmente publicado como Histoire de la magie, du monde surnaturel et de la fatalité à travers les temps et les peuples (1870). 
[40] Papus.  The Tarot of the Bohemians. 
[41] Papus.  Le Tarot divinatoire. 
[42] Wirth, Oswald.  The Tarot of the Magicians.  York Beach, ME: Samuel Weiser, 1985.  Originalmente publicado como Le Tarot: des imagiers du Moyen Age (1927). 
[43] Küntz, Darcy, trans. & ed.  The Complete Golden Dawn Cipher Manuscript.  Holmes: Edmonds, WA, 1996.  O manuscrito provavelmentedata de meados do século XIX. 
[44] Regardie. 
[45] See Mathers’ contributions to Book T—The Tarot in Regardie, The Golden Dawn.  O livro foi distribuído de forma restrita em cerca de 1888. 
[46] Crowley, Aleister.  The Book of Thoth: A Short Essay on the Tarot of the Egyptians. York Beach, ME: Samuel Weiser, 1969.  Originalmente publicado em Equinox 3(5) em 1944, sob um dos pseudônimos do autor, The Master Therion. 
[47] Case, Paul Foster.  The Tarot: A Key to the Wisdom of the Ages.  Richmond, VA: Macoy, 1947.

 

Parte 2: O Método Astrológico de Etteilla


O método de Etteilla depende da atribuição de signos do zodíaco, planetas e outros conceitos astrológicos a cartas específicas. Um horóscopo é montado a partir da tiragem interpolando-se as atribuições do Tarô (veja Apêndice A e B). Pode-se usar essa técnica com uma ampla variedade de baralhos de Tarô. Todavia, usar um baralho baseado no original de Etteilla, por exemplo o Grand Etteilla: ou Tarots Égyptiens (Grand Etteilla: ou Tarô Egípcio)  torne as correspondências mais apropriadas. O Tarô de Marseille é outro baralho que permite reproduzir essas associações e que foi, provavelmente, usado por Etteilla. A única característica distinta das atribuições de Etteilla é a sua associação dos dois Nodos Lunares e da Parte da Fortuna (Apêndice B). Note que essa tiragem usa todas as cartas do baralho, o que a torna um tantoextensa. Uma mesa grande pode ser de grande ajuda.

 

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Astrologia é complexa e consome muito tempo para se construir uma carta a mão. Uma vez que Etteilla não tinha computadores para fazer as cartas qualquer trabalho astrológico deveria exigir muito. Essa original técnica de Tarô deve ter-lhe proporcionado muitos benefícios em sua prática. Ele pode tê-la desevolvido e usado-a para indivíduos que não sabiam sua data de nascimento. Também pode tê-la oferecido como uma alternativa mais barata do que criá-la a partir de tabelas astronômicas. Finalmente, esse método é um engenhoso atalho para se criar uma Carta Horária para perguntas específicas.

 

Cartas Horárias, tal como ocorre na técnica astrológica, são criadas, ou lançadas, a partir de uma carta do momento exato que uma pergunta é feita. A carta resultante é interpretada de forma a responder a questão determinando-se que planetas caem em quais casas, especificamente as casas relevantes à questão apresentada. Sem as ferramentas modernas, esse método requer vários cálculos complexos. As regras para astrologia horária são bem determinadas e têm sido usadas desde a época medieval.

Primeiro passo: 

O consulente faz a pergunta

 

Passo 2: 
Separe os 12 trunfos correspondentes aos signos zodiacais do baralho.

 

Os 12 Trunfos Zodiacais do Baralho – a lista de correspondências entre as cartas e os signos – encontra-se no Apêndice A. Disponha-as na forma das doze casas utilizando o signo atual do Sol para a primeira casa. Num exemplo de tiragem para o consulente fictício, Susan Smith, datado a 12 de Março de 2002, é o período em que o Sol encontra-se no signo de Peixes. Desse modo, a carta correspondente ao signo de Peixes ocupará a a primeira casa, seguida então por Áries na segunda casa, Touro na terceira, e assim por diante, seguindo a ordem natural do zodíaco (ilustração ao lado).

As datas de ingresso do Sol num signo do zodíaco encontram-se no Apêndice A.

 

Nos momentos em que o Sol está se aproximando para da mudança de um signo para o outro (por exemplo: 21 de Março, quando está saindo de Peixes e entrando em Áries), verifique num calendário astrológico o momento exato do trânsito ou siga a sua intuição, sentindo a energia de qual signo se encontra mais forte no momento da leitura.

 

 

Nota: O método descrito por Etteilla distribui as cartas zodiacais em sentido horário, com a primeira casa às 9h, a segunda às 10h, etc. No entanto, para evitar confusão e se manter a coerência com outras tiragens de 12 casas e outras cartas astrológicas mais familiares aos Tarólogos modernos, foi usada a sua forma moderna, mais conhecida. Ela se move em sentido anti-horário (primeira casa as 9h, segunda casa às 8h, etc).

Exemplo de distribuição 
das doze primeiras cartas

Passo 3: 
As cartas restantes são embaralhadas enquanto se concentra na pergunta específica. Disponha-as, começando com a primeira casa, segunda, terceira, até a 12ª. Continue dispondo-as até que não haja mais cartas.

 

As primeiras doze cartas tiradas devem ocupar a primeira posição em cada casa, próxima do centro. A 13ª carta retirada torna-se a segunda carta da Primeira Casa, e assim por diante. As primeiras seis casas conterão 6 cartas cada; da 7ª até a 12ª terão cinco cartas cada.

 

No esquema em branco (como é sugerido ao lado), há espaço para anotar em cada casa tanto as 12 cartas zodiacais quanto as demais 66 cartas.

 

Nota: A tiragem descrita por Etteilla coloca 6 cartas em todas as outras casas (pois não inclui as cartas correspondentes ao zodíaco. Fica com seis cartas na primeiraasa e as casas restantes têm 5 cartas cada. Portanto, a tiragem apresentada no texto, que coloca seis cartas nas seis primeiras casas, é uma variação do método de Etteilla.

 

Modelo para anotar as cartas sorteadas

 

Passo 4: 
Leia as cartas interpretando os pares numa ordem específica sem referência à Astrologia.

 

Esse passo da leitura é exclusivamente tarológico. Os pares são analisados a partir de vários ângulos de seus significados. Essa parte do método de Etteilla, que não cabe num resumo conciso, não está ligada a astrologia; consequentemente, uma descrição completa ultrapassa o objetivo desse artigo.

 

Pode-se adaptar esse passo do método de Etteilla decidindo primeiro qual casa representa mais aproximadamente a pergunta do consulente.

 

O Apêndice C traz os significados resumidos das doze casas. Uma pergunta de amor, por exemplo, seria assunto da Casa 5; uma pergunta sobre carreira, deve ser focada a partir da Casa 10.

 

Simplesmente interprete as cinco ou seis cartas contidas na Casa adequada como uma resposta preliminar usando tanto os significados atribuídos por Etteilla quanto por outros autores.

 

Na leitura usada como exemplo, confira a ilustração ao lado, a pergunta é sobre um novo namorado, de modo que as seis cartas da Casa 5 seriam como uma sequência de Tarô.

Veja esquema ampliado no Apêndice D

Veja esquema ampliado no Apêndice D

Horóscopo montado 
com as cartas sorteadas

Passo 5: 
Reveja o grupo de cartas de cada casa e determine quais contém cartas numeradas do Naipe de Ouros. Anote essas posições e construa uma Carta Astrológica transferindo as atribuições planetárias para a forma de um Horóscopo.

 

Quando transferir a tiragem inicial das cartas para o formato de Horóscopo, lembre-se de colocar os signos nas 12 casas adequadamente, como mostrado na ilustração ao lado. Foi incluído um espaço colocado na extremidade da forma de Horóscopo para se anotar as cartas de Ouros; os glifos dos planetas são anotados dentro da roda central tal como num horóscopo moderno (no modelo anglo-americano).

 

 

Passo 6: 
Interprete o horóscopo resultante utilizando as técnicas astrológicas.

 

Dicas de interpretação do horóscopo são fornecidas na próxima seção – 3. Carta de Exemplo – que exemplifica este sexto passo.

 

Como um conselho para os que experimentarem esse método, há algumas técnicas de procedimento que foram descobertas para facilitar o processo.

 

Primeiro, quando estiver dispondo as cartas ao redor do círculo das 12 cartas zodiacais, coloque-as viradas para baixo.

Ao passar para o passo 4, vire para cima o conjunto das cartas relacionadas à questão e interprete-as como numa tiragem de 5 ou 6 cartas. No passo 5, examine todos os 12 conjuntos de cartas, sequencialmente, da 1ª até a 12ª casa e anote-as no esquema de tiragem. Ao terminar as anotações de cada casa, se uma carta do naipe de Ouros aparecer nesse conjunto, vire-a para cima e torne a virar para baixo as restantes cartas que forem no naipe. A construção do horóscopo fica mais fácil se só estiverem visíveis as cartas de ouros.

 

Parte 3: Exemplo de tiragem pelo método de Etteilla

 

Esta parte fornece uma leitura real no estilo de Etteilla para demonstrar sua técnica, seguindo suas instruções de forma mais fiel possível. O cenário dessa leitura é uma terça-feira a tarde no dia 22 de Janeiro de 2002 no consultório de Liz Hazel. O leitor é convidado a acompanha-la durante esse processo que inclui uma análise do horóscopo resultante.

 

O processo começa com o Passo 1 e a pergunta é feita: “Qual a melhor forma de agir no meu trabalho nos próximos dias e quais serão os dias mais favoráveis?”

 

No passo 2, as doze casas são dispostas na mesa com os 12 Trunfos Zodiacais. Como o Sol está em aquário hoje, o Trunfo atribuído ao signo (a Força) é colocada na primeira casa, com a carta de Peixes, o Pendurado, na segunda, a de Áries, o Papa, na terceira, até que tenham sido colocadas todas as cartas zodiacais restantes nas 12 casas.

 

Partindo para passo 3, as restantes 66 cartas restantes são embaralhadas enquanto se concentra na questão. Depois de embaralhadas, são distribuídas no sentido anti-horário começando-se a partir da primeira até que todas as cartas tenham sido dispostas nas doze casas. A tiragem completa é mostrada abaixo.

 

Exemplo de anotação das cartas tiradas numa consulta

 

Por ser uma questão de trabalho, o conjunto de cartas que caíram na 6ª casa é examinado. Dicas sobre a interpretação das casas encontram-se no Apêndice C.

 

Como indicado no passo 4, essas seis cartas da Casa Seis são interpretadas como uma sequência de arcanos do Tarô sem qualquer referência astrológica:

 

Carta 1 - Quatro de Paus: Indica bons começos com sociedades e acordos.

 

Carta 2 - Rainha de Ouros: Representa a necessidade de tenacidade e paciência, ou uma mulher que pode oferecer ou precisar de ajuda.

 

Carta 3 - Sete de Ouros: Mostra a necessidade se de verificar os equipamentos, ferramentas e a gestão do tempo. Alguns itens terão de ser reestocados ou reparados (isso é tudo bem verdadeiro).

 

Carta 4 - Pajem de Ouros: Indica que mensagens importantes estão a caminho – e realmente espera-se a chegada de um pedido de livros de astrologia feitos na Amazon.com, livros que aprimorarão as habilidades na prática.

 

Carta 5 - Quatro de Copas: Indica o atraso em algumas atividades e decisões. Há trabalho para ser feito sozinho. Há incertezas, talvez devaneios emocionais em relação às metas, ou a espera de decisões por parte de terceiros.

 

Carta 6 - Ás de Ouros: Essa é a carta final, mostrando fertilidade e começos com solidez nos esforços empregados no trabalho. Essa é uma anotação final favorável na série de seis cartas. Como esse Ás também é uma carta numerada planetária, é colocado no topo do conjunto de cartas da sexta casa.Procedendo como indicado no Passo 5, as posições das cartas numeradas do Ás ao 10 de Ouros são identificadas e anotadas nas bordas do esquema do Horóscopo. Então, casa por casa, os planetas atribuídos às cartas do naipe de Ouros são anotados no espaço das casas dentro do círculo do esquema do Horóscopo como representado abaixo. Esse Horóscopo resultante pode ser interpretado para proporcionar detalhes adicionais e informações sobre o tempo na questão

Ilustração de horóscopo montado a partir das cartas sorteadas numa consulta

 

Exemplo da Interpretação do Horóscopo

 

O Passo 6 é a interpretação da carta usando técnicas astrológicas. Os Apêndices A, B e C fornecem palavras-chave para signos, planetas e casas. Já as Dicas de Interpretaçãoestão disponíveis logo abaixo e dão detalhes mais específicos dos termos usados nesse exemplo.

 

Na astrologia horária tradicional, numa leitura para uma mulher, a posição da Lua (Quatro de Ouros) é buscada, encontrando-a na segunda casa. A Lua é usada para representar o consulente do sexo feminino. O se a leitura for para uma pessoa do sexo masculino, o Sol será o seu representante no Horóscopo. A Lua na segunda casa está numa posição favorável, uma vez que significa o fluxo de renda.

 

Como indicado no Apêndice C, a Lua na casa 2 está dignificada e indica que o objetivo maior da consulente é um fluxo positivo de renda. Há mais benefícios vindos da Lua uma vez que ela também está dignificada em Câncer, signo que ocupa a 6ª casa, que é relativa a questão do trabalho. Todas as questões da Lua estão fortalecidas com a Lua nessa poderosa posição.

 

A 6ª casa que rege os assuntos de “trabalho, local de trabalho e colegas de trabalho”, tem o Sol e Saturno. Ambos os planetas são paternais por natureza – bem yang. Essa poderosa dupla justapõe o Ego e as Restrições. A energia e vitalidade do Sol devem ser focadas e disciplinadas (Saturno) de forma a assegurar o desfecho desejado no trabalho. Saturno debilitado em Câncer indica que esses esforços podem exigir mais tempo do que se espera. Como na literatura, é preciso autoridade sólida e histórica (essas qualidades são Saturninas por natureza).

 

A décima segunda casa (preenchida pelo signo de Capricórnio) é habitada por Mercúrio, o Nodo Norte e a Parte da Fortuna. Essa casa está “carregada”, proeminente, pois há mais de dois planetas aqui. Mercúrio é o planeta relativo a questão mas debilitado na 12ª casa. Essa posição enfraquecida é favorecida pela vitalidade do Nodo Norte, que é por natureza orientado para o futuro e pela amiga de todos os planetas, a Parte da Fortuna. Mercúrio, sendo o planeta representante da questão, também ganha força por estar numa notável relação (uma oposição; veja Dicas de Interpretação abaixo) com a casa relativa a ela e os planetas nela contidos.

 

Esses três posicionamentos de 12ª casa dão ênfase a mensagens (Mercúrio) sobre futuros esforços (Nodo Norte), a importância da precisão no agendamento das atividades profissionais, e um forte interesse nos trabalhos escritos (Mercúrio), e traz boa sorte e um bom momento para os esforços investidos no trabalho (Parte de Fortuna). Como com qualquer posicionamento encontrado na casa 12, apoio e as mensagens trazidas pelo posicionamento triplo aqui, podem vir de fontes, escondidas, distantes ou inesperadas.

 

Os três planetas localizados na Casa 6, casa tema, devem ser analisados juntamente com os da 12ª, como planetas em casas opostas que se ativam ao criar uma tensão polarizada que requer esforço para se harmonizar. A Parte da Fortuna atenua a tendência de Saturno a gerar atrasos e obstáculos complicados. Saturno beneficia o trio de planetas na 12ª por eles estarem colocados em seu signo de dignidade, Capricórnio. Estruturas pré-existentes, formas, e sabedoria adquiridos pela idade são qualidades saturninas positivas. Embora possam ser esperados limitações e atrasos tipicamente saturninos na troca de mensagens (Mercúrio), esses atrasos podem beneficiar os resultados finais (Parte da Fortuna e Nodo Norte).

 

Vênus e Marte habitam a Casa 4. Essa é sempre uma casa crítica a ser examinada em toda leitura por significar o começo e fim da matéria (ex. de perguntas específicas feitas pelo consulente). Essa casa pertence ao signo de Touro. Vênus encontra-se dignificada em Touro de forma que passa a reger essa casa e toma a frente na sua interpretação. Ganhos e benefício (Vênus) chegarão a casa (Casa 4, provenientes de atividades relacionadas ao trabalho. Muito do trabalho atual (Marte), terá lugar na casa. Note que Marte está debilitado em Touro, de forma que o planeta terá de se esforçar mais para realizar sua natureza de ação e conquista. Vênus prediz possibilidade de lucro dessa forma repetindo o tema da Lua na Casa 2 e confirmando a Rainha e o Ás de Ouros do passo 4.

 

Vênus e Marte são um par planetário e isso reforça a ideia de parcerias, casais casados e boas notícias de acordos (Quatro de Paus do Passo 4).Júpiter está na Casa 7, em Leão. Esse é um bom posicionamento para se encontrar esse planeta benéfico. Ele indica o potencial de aprendizado e crescimento (Júpiter) através das relações (Casa 7).

 

Por Júpiter ocupar a casa regida por Leão, isso se dará de forma alegre, criativa e ousada. A qualidade de exuberância, relações de trabalho divertidas mostra como as parcerias podem contribuir para o tema com o Quatro de Paus e o potencial de ganhos do Ás de Ouros apresentados no Passo 4. Relações podem apresentar grandes distâncias uma vez que Júpiter rege as viagens e as fronteiras.

 

O Nodo Sul está localizado na Primeira Casa. Sendo essa a casa da personalidade, indica que problemas e atitudes do passado exercem grande influência no trabalho atual. O Nodo Sul está ligado ao passado – conhecimento acumulado será útil nas situações profissionais atuais, bem como hábitos e padrões rígidos poderiam ser fontes de problemas. Aquário é um signo aéreo, mental e social de forma que partilhar ideias do passado pode gerar oportunidades presentes e futuras. Mais uma vez, há um planeta, Júpiter, na casa oposta, a 7. Júpiter influencia o Nodo Sul e o Nodo Sul influencia Júpiter.

 

O aprendizado e o crescimento pessoas são fortemente acentuados nessa troca positiva.Outra forma de adaptar o método básico de Etteilla é utilizar o Sol (o consulente) e a Lua (a consulente) como indicadores de tempo. De forma a focar nos próximos dias , no caso de uma mulher, a Lua é o indicador de tempo. A Segunda Casa, onde está localizada a Lua representa o momento presente, hoje, Terça-Feira.

 

A Terceira Casa se torna quarta-feira, a Quarta Casa se torna Quinta-Feira e assim por diante com 1 casa = 1 dia. Isso é anotado no topo do Horóscopo no Apêndice G. Se a leitura fosse para um Homem, o interprete começaria com a casa onde está o Sol, a Sexta, como representante de hoje, Terça, a Sétima como quarta, etc.Essa técnica nos dá uma visão acurada de quando os posicionamentos planetários serão mais fortemente ativados nos próximos 12 dias. A lua chegará na Casa 4, na quinta-feira, sendo esse um possível dia para a chegada dos livros encomendados, ou outras aquisições que possam melhorar as condições de trabalho; troca com parceiros, ou benefício de pessoas casadas – todas qualidades da combinação de Vênus-Marte. (Na quinta-feira, a Amazon.com enviou um e-mail para mim avisando que os livros já estavam sendo enviados.

 

Os livros chegaram seis dias mais tarde,quando a Lua estava na Décima Casa e assim, o indicador de tempo estava em oposição, mais uma vez, numa poderosa troca de energia com Vênus e Marte na casa 4). A interpretação dos dias segue até Sábado quando a Lua entra na Sexta Casa e se aproxima do Sol e de Saturno. Mais uma vez as ideias-chave desse planetas são enfatizadas pelo movimento catalisador da Lua: vitalidade física deve ser aplicada a atividades disciplinadas. (Embora , sem planejar, eu fiz um estoque de produtos naquele dia. É uma tarefa de gestão de negócio (Saturno), que requer habilidades analíticas e matemáticas – Sexta Casa – , e centra-se num espaço de criatividade pessoal – o Sol).Esse método fornece uma previsão precisa de 12 dias. Mercúrio, planeta significador da questão, foi mais importante para a interpretação geral do que se esperava.

 

Durante o período de previsão, as questões da 12ª Casa, “situações ocultas”, foram uma distração para as questões de trabalho, o tema da investigação. Aprender o método de Etteilla requer algumas tentativas de erros e acertos para que se tenha fluência e precisão com as técnicas de interpretação horária. As condições da casa e do planeta significadores não devem ser subestimadas.

 

Para usar a técnica num contexto mais amplo, se a questão pedir uma previsão mais ampla, o Tarólogo pode alterar esse método de tempo para 1 casa = 1semana, 1 casa = um mês, 1 casa = um ano. Use sempre a localização da casa do indicador de tempo ( Sol para Homens e Lua para mulheres), como a primeira unidade de tempo e calcule a partir daí através onze casas restantes.

 

Essa técnica de se mover o indicador do consulente (Sol/Lua) é bastante útil se a precisão temporal for crítica na questão do consulente.

 

Dicas na Interpretação do Horóscopo

 

• Determine que casa rege o tema da questão. De forma similar, determine o planeta regente. Informações relativas as 12 casas encontram-se no Apêndice C. O primeiro planeta em dignidade localizado na casa deve ser considerado como o Regente planetário.

 

• Procure por temas na interpretação das cartas no Passo 4 que coordenem ou dêem ênfase a análise da carta no Passo 6. A análise das cartas de Tarô fornecerá alguma ajuda na delineamento dos significados do Horóscopo.

 

• Determine a casa na qual o indicador do consulente se encontra – o Sol para homens e a Lua para mulheres. Decida se o indicador do consulente se encontra numa relação benéfica ou tensa com a casa relativa a questão por signo ou posição de casa. Se o significador do consulente estiver na casa relativa a questão, isso mostra um grande foco na situação apresentada, um enorme investimento pessoal para o seu desfecho.

 

O significador do consulente também é beneficiado se estiver numa casa preenchida pelo mesmo elemento relativo ao da casa referente à questão. Se o indicador do consulente estiver numa casa oposta ou contraditória à casa-tema, então os assuntos indicados por essa casa poderão agir como impedimentos ou alheamentos para a sucesso de seus objetivos.

 

• O planeta que rege (dignifica) a casa-tema é crucial no delineamento astrológico. Procure verificar se ele está numa casa amigável ou hostil à pergunta do consulente e determine dignidade ou debilidade por casa ou Signo Zodiacal. O planeta dignificado enfatiza os planetas com quem divide a mesma casa.

 

• Se os planetas estão em casa opostas, o eixo a que pertencem ganha especial relevância na interpretação. As casas que se opõem são: 1-7, 2-8, 3-9, 4-10, 5-11, 6-12. Planetas contidos nas casas em oposição indicam uma tensão polarizada que revela a necessidade de tanto a coordenação como a resolução dessas forças planetárias. É necessário um esforço consciente para que se possa reconciliar as energias dos planetas que se encontram e oposição. Casas afins falam de coisas similares enquanto que as casas divergentes indicam assuntos que se encontram em conflito. Geralmente, casas ímpares se harmonizam com casas ímpares (1, 3, 5, 7…) enquanto casas pares se coordenam com casas pares.

 

• Planetas na casa sete definem a qualidade das relações do consulente. Geralmente, Saturno ou Marte nela posicionados sinalizam dificuldades ou restrições em relação aos outros. Os outros planetas e luzes são mais benéficos e úteis.

 

• A Casa 4 representa o começo e o fim do assunto e o cerne da questão. Essa casa deve ser examinada em todas as questões. Se há planetas nessa casa, eles falam diretamente do resultado da questão apresentada e deve-se ter atenção especial durante a interpretação. Se o planeta regente estiver na Quarta asa o resultado deve chegar mais rapidamente e ser sentido com mais intensidade.

 

• Casas cheias, com três ou mais planetas, deverão ser vistas com mais atenção. A área da vida indicada por uma casa cheia tem grande importância na leitura. A Casa 3 cheia indicará que acontecimentos cotidianos e mensagens poderão vir a ser extremamente ativos durante o tempo da definido para a leitura.

 

• Considere as personalidades dos planetas envolvidos. Alguns planetas são considerados pares – Sol e Lua, Vênus e Marte, Júpiter e Saturno, Mercúrio e ambos os Nodos. A Parte da Fortuna indica uma área de conforto e mantém uma boa relação com todos os planetas. ( A Parte da Fortuna não é um planeta mas uma Parte Arábica.

 

Partes Arábicas eram importantes recursos durante a Era Medieval e Renascença. A Parte da Fortuna é criada usando o Ascendente, Sol e Lua, as coordenadas mais importantes num mapa, o que, provavelmente, motivou Etteilla a incluí-la em suas correspondências. Os dois Nodos Lunares são chamados de “planetas sombra” e revelam qualidades magnéticas do passado e do futuro.)

 

• Enfatize a importância de qualquer planeta em Casas Angulares (1ª, 4ª, 7ª e10ª). Essas são as mais poderosas e os efeitos de qualquer planeta nelas contido serão notavelmente ativados durante o período da previsão.•Qualquer planeta será beneficiado se estiver em signo ou casa onde se encontra dignificado. De outra forma, uma planeta irá lutar num signo ou casa onde está debilitado. Debilidade deve se considerada um tipo de deficiência – não implica que o planeta esteja inoperante ou disfuncional mas porém indica que o planeta terá de se esforçar muito mais para atingir todo o seu potencial.Técnicas Avançadas de Interpretação do Horóscopo

 

• Observe no mapa, a fase relativa do Sol e da Lua. Se estiverem numa casa juntos, essa é a posição da Lua Nova, que pode ser invisível e um intenso foco nas questões internas da questão. O Sol e a Lua em casas opostas são como uma Lua Cheia e indicam uma qualidade extrovertida, o assunto em questão está em plena floração.

 

• Uma combinação “Lua Nova” ou “Lua Cheia” com os um dos Nodos dividindo a mesa casa do Sol ou da Lua é como se configurasse um Eclipse. (É como a relação do zodíaco físico do Sol, da Lua e Nodos durante um Eclipse). Se essa relação se configurar numa tiragem, tenha em mente que essa é uma condição delicada e traiçoeira. O consulente deve agir com extremo cuidado nas questões relativas às suas decisões. Esse período de tempo é crítico para o sucesso se um posicionamento de eclipse aparece; objetivos específicos podem não chegar aos resultados desejados.

 

• Examine os aspectos maiores, o equilíbrio elemental dos posicionamentos dos planetas no Zodíaco e o número de planetas acima e abaixo do horizonte, ou a ênfase em algum quadrante.

 

• Outros métodos astrológicos modernos podem ser usados – sinta-se a vontade para tentar. A técnica de Etteilla se desenvolve a partir das correções e aprimoramentos. Aqueles que preferem precisão histórica, basta seguir os passos de Etteilla pois serão bem servidos pelos resultados. Usar os baralhos modernos com sistemas de atribuição diferentes pode facilitar o processo de aprendizagem dos leitores que não estão familiarizados com os baralhos de Marselha e Grand Etteilla.

 

Como uma observação final sobre essa tiragem, o horóscopo derivado parece ter uma semelhança sincrônica espantosa com as atividades do momento da carta astral do consulente. Em várias leituras experimentais realizadas durante a produção desse artigo, o horóscopo derivado possuía posicionamentos refletindo áreas de atividade significativa da carta natal como observadas através de técnicas normais de previsão. Não é incoerente suspeitas que Etteilla , como um astrólogo praticante, tivesse idéia dessa sincronicidade. Sua técnica de leitura parece se valer dessa aparente (mas ainda não comprovada) harmonia entre Astrologia e Tarô.

 

O método de Etteilla demonstra que como esses sistemas tão distintos – Tarô e Astrologia – podem nos fornecer nos fornecer informações e mutuamente reforçarem-se através dos temas reiterados na interpretação.

 

Conclusão

 

Inicialmente, alguns praticantes, especialmente se não tem uma boa base de conhecimento astrológico, podem achar o método de Etteilla complicado e exigente. Todavia, a fluência virá através da prática e do estudo. Em última análise, os praticantes podem achar que esse método ainda mantém o seu valor até os dias de hoje, mesmo tendo mais de 200 anos, por ser prático, móvel e, diferente de qualquer método de Mandala Astrológica publicado, produz uma carta astral.Embora alguns ocultistas e autores populares critiquem Etteilla, omitindo ou minimizando sua contribuição ao Tarô, suas realizações excedem a mera popularização do Tarô graças, em grande parte, ao seu desempenho público como um Tarólogo Profissional. À luz da relativamente sofisticada integração precedente da Astrologia, os historiadores poderiam se interessar em aprofundar mais as pesquisas acerca de suas realizações; suas descobertas poderiam provar-se historicamente importantes e úteis aos Tarólogos profissionais.

 

Parte 4: Apêndices e quadros sumários

 

Apêndice A

Correspondências dos trunfos de Etteilla

 

No quadro a seguir, as correspondências dos Trunfos (arcanos maiores) com o Zodíaco são as indicadas por Etteilla; outras informações astrológicas refletem as convenções astrológicas mais comumente aceitas.

 

Os nomes das cartas são as que aparecem na edição bilíngue moderna (Francês e Inglês) publicada pela Grimaud (France Cartes). Algumas palavras-chave diferem do baralho original de Etteilla.

 

As correspondências indicadas incluem referências de outros baralhos típicos de Tarô (por exemplo, Decker, Depaulis, Dummett e Papus em seu Le Tarot divinatoire. O sistema empregado aqui, todavia, é especificamente de Etteilla.

 

Planetas dignificados: são os planetas que (1) regem e (2) exaltam-se no signo. O Planeta está bem situado e opera na sua melhor forma, fiel à sua descrição.

 

Planetas debilitados: são os planetas que estão em queda (no signo oposto ao que regem) ou em detrimento (no signo oposto em que se exaltam). O planeta não opera propriamente e precisa de esforço para atuar efetivamente. As energias típicas são reprimidas e ocasionalmente manifestam-se de forma negativa.

 

ÁRIES.

Grand Etteilla: Idéal/Ideal.

Corresponde a: o Hierofante.

Planetas Dignificados:Marte, Sol.

Planetas debilitados: Vênus, Saturno.

Elemento Fogo, Signo Solar de 21 de Março a 21 Abril.

Energia, coragem, iniciativa, idealismo.

 

TOURO.

Grand Etteilla: Éclaircissement/Iluminação.

Corresponde a: O Sol. Planetas dignificados: Vênus, Lua.

Planetas debilitados: Marte. Elemento Terra, Signo Solar de 21 de Abril a 22 de Maio.

Estabilidade, dedicação, acúmulo material, fertilidade.

 

GÊMEOS.

Grand Etteilla: Discussion/Discussão.

Corresponde a: A Lua.

Planetas dignificados : Mercúrio, Nodos Norte e Sul.

Planetas debilitados: Júpiter. Elemento Ar, Signo Solar de 23 de Maio a 21 de Junho.

Comunicação, pequenas viagens, habilidade com as mão e na comunicação.

 

CÂNCER.

Grand Etteilla: Révélation/Revelação.

Corresponde a: A Estrela.

Planetas Dignificados: Lua e Júpiter. Planetas Debilitados: Saturno, Marte.

Elemento Água, Signo Solar de 22 de Junho a 21 de Julho.

Família, consanguinidade, vida doméstica, origens, emoções e sonhos.

 

LEÃO.

Grand Etteilla: Voyage/Viagem.

Corresponde a: O Mundo. Planetas Dignificados:O Sol.

Planetas debilitados: Saturno, Mercúrio Elemento Fogo, Signo Solar de 22 de Agosto a 21 de Setembro.

Amor, crianças, expressão criativa, especulação.

 

VIRGEM.

Grand Etteilla: Secrets/Segredos. Corresponde a: A Imperatriz.

Planetas dignificados: Mercúrio, Nodos Norte e Sul. Planetas debilitados: Júpiter, Vênus. Elemento Terra, Signo Solar de 21 de Agosto a 22 de Setembro.

Análise, higiene, saúde, trabalho,serviço.

 

LIBRA.

Grand Etteilla: Appui/Auxílio.

Corresponde a: O Imperador.

Planetas Dignificados: Vênus, Saturno. Planetas debilitados: Marte, Sol.

Elemento Ar, Signo Solar de 22 de Setembro a 21 de Outubro.

Relações, parcerias, equilíbrio,assuntos legais.

 

ESCORPIÃO.

Grand Etteilla: Ténacité/Tenacidade. Corresponde a: A Papisa.

Planetas dignificados: Marte. Planetas debilitados: Vênus.

Elemento Água, Signo Solar de 22 de Outubro a 21 de Novembro.

Recursos partilhados, transições, nascimento, morte, herança.

 

SAGITÁRIO.

Grand Etteilla: Justice/Justiça.

Corresponde a: Justiça.

Planetas dignificados: Júpiter. Planetas debilitados: Mercúrio.

Elemento Fogo, Signo Solar de 22 de Novembro a 21 de Dezembro.

Filosofia, religião, línguas, ensino superior, decisões a longo prazo.

 

CAPRICÓRNIO.

Grand Etteilla: Tempérance/Temperança.

Corresponde a: Temperança.

Planetas dignificados:Saturno, Marte. Planetas debilitados: Júpiter, Lua.

Elemento Terra, Signo Solar de 22 de Dezembro a 19 de Janeiro.

Organização, administração, construção, hierarquias, governo.

 

AQUÁRIO.

Grand Etteilla: Force/Força.

Corresponde a: Força.

Planetas dignificados:Saturno, Mercúrio. Planetas debilitados: Sol.

Elemento Ar, Signo Solar de 20 de Janeiro a 20 de Fevereiro.

Grupos Sociais e tendências, ciências, desenvolvimento social e coletivo.

 

PEIXES.

Grand Etteilla: Prudence/Prudência.

Corresponde a: O Enforcado.

Planetas dignificados: Júpiter, Vênus. Planetas debilitados: Mercúrio.

Elemento Água, Signo Solar de 20 de Fevereiro a 20 de Março. Signo Solar de 20 de Fevereiro a 20 de Março. Compaixão, unidade, arte e teatro, mente inconsciente, amor divino.

 

As correspondências entre planetas e outros conceitos astrológicos e as cartas numeradas do Naipe de Ouros são de Etteilla.

 

Outros detalhes refletem convenções astrológicas modernas mais comummente aceitas, entre as quais referências de Martins Schulman e Robert Zoller.

 

  • Ás de Ouros: SOL. Vida, vitalidade, iluminação, centro do ego, identidade. Personifica: o consulente, o pai.

  • Dois de Ouros: MERCÚRIO. Habilidades, escrita e oratória,transações e negociações, acuidade mental. Personifica: criança, irmãos, mensageiros e agentes.

  • Três de Ouros: VÊNUS. Amor, beleza, Love, adorno, desejos, decoração, jóias. Personifica: amante, esposa.

  • Quatro de Ouros: LUA. Emoções, ciclos rítimicos, mente inconsciente, sangue e líquidos. Personifica: a consulente, mãe.

  • Cinco de Ouros: MARTE. Força física, agressão, necessidades e paixões, impulsos instintivos. Personifica: campeão, oponente, marido.

  • Seis de Ouros: JÚPITER. Realeza, expansão, sabedoria, conhecimento, compreensão, crescimento. Personifica: governante, professor, viajante.

  • Sete de Ouros: SATURNO. Provas Cármicas, disciplina, maturidade, restrições, esqueleto e estruturas. Personifica: governante, chefe, juiz, avós, pessoas mais velhas.

  • Oito de Ouros: NODO NORTE. Desenvolvimento, novos empreendimentos ainda não aventurados, futuro crescimento da alma e o potencial da atual encarnação, testes de apegos do passado, descobertas predestinadas. Personifica: Inovador, experimentador.

  • Nove de Ouros: NODO SUL. Karma acumulado de encarnações passadas, incluindo hábitos, padrões e modos de comportamento. Tem um potencial muito espiritual maspode impeder a alma de crescer por excessivo apego e medo do futuro. Personifica: tradicionalista.

  • Dez de Ouros: PARTE DA FORTUNA. Também chamada Pars fortunae. Golpes de Sorte, desejos do coração, oportunidades inesperadas. Vida, corpo, alma, força, sorte e matéria, reputação, honra. Personifica: Um espírito de ajuda.

 

Os atributos das Doze Casas

 

As atribuições a seguir refletem as convenções astrológicas modernas.

 

  • 1ª Casa. Personalidade, corpo físico, percepção e ponto de vista.
    Dignificados: Marte, Sol. Debilitados: Vênus, Saturno.

  •  

  • 2ª Casa. Finanças pessoais, posses, talentos, habilidades, valor próprio.
    Dignificados:Vênus, Lua. Debilitado: Marte.

  •  

  • 3ª Casa. Comunicações, irmãos, cotidiano, pequenas viagens, meios de expressão.
    Dignificados: Mercúrio e Nodos Norte e Sul. Debilitados: Júpiter.

  •  

  • 4ª Casa. Lar, família, origens, começos e fins, propriedade.
    Dignificados: Lua e Júpiter. Debilitados: Saturno, Mercúrio,

  •  

  • 5ª Casa. Namoros, crianças, projetos criativos, especulação, desenvolvimento pessoal.
    Dignificados: Sol. Debilitados: Saturno.

  •  

  • 6ª Casa. Trabalho, colegas de trabalho, saúde, situações complexas que requerem análise.
    Dignificado: Mercúrio e Nodos Norte e Sul. Debilitados: Vênus, Júpiter.

  •  

  • 7ª Casa. Casamento, parcerias, assuntos legais,inimigos declarados, equilíbrio nas relações.
    Dignificados: Vênus, Saturno. Debilitado: Sol, Marte.

  •  

  • 8ª Casa. Transição, desenvolvimento familiar, recursos compartilhados e riquezas,as habilidade do parceiro. Dignificado: Marte. Debilitado: Vênus.

  •  

  • 9ª Casa. Educação, planos alongo prazo, desenvolvimento espiritual, viagens longas, assuntos legais. Dignificado: Júpiter. Debilitado: Mercúrio.

  •  

  • 10ª Casa. Carreira, figuras de autoridade, o atingir de metas, status, caminho de vida.
    Dignificado: Saturno, Marte. Debilitado: Júpiter, Lua.

  •  

  • 11ª Casa. Desejos, sonhos, rede social, recompense dos esforços na carreira, associados.
    Dignificado: Saturno, Mercúrio. Debilitado: Sol.

  •  

  • 12ª Casa. Coisas escondidas, inimigos secretos,doença, confinamento, obrigação a terceiros.
    Dignificado: Júpiter, Vênus. Debilitado: Mercúrio.

 

Uma leitura sobre amor

Horóscopo derivado pelo método de Etteilla, exemplificado no Passo 5

 

Casa relativa à questão: 5ª Casa, dos amores (correspondente ao signo de Leão).
Planeta Relativo a Questão: O Sol (regente do signo de Leão)
Significador do Consulente: A Lua

 

Parte 5: Fontes consultadas

 

Bayard, Jean-Pierre. La Pratique du tarot: symbolisme, tirages et interprétations [Practical Tarot: Symbolism, Readings, and Interpretations]. St-Jean-de-Braye, France: Éditions Dangles, 1987.

Case, Paul Foster. The Tarot: A Key to the Wisdom of the Ages. Richmond, VA: Macoy, 1947. 

Christian, Paul. James Kirkup and Julian Shaw, trans., Ross Nichols, ed. The History and Practice of Magic. New York: Citadel, 1963. Originalmante publicado como Histoire de la magie, du monde surnaturel et de la fatalité à travers les temps et les peuples (1870). 

Copenhaver, Brian P. The Greek Corpus Hermeticum and the Latin Asclepius in a New English Translation, With Notes and Introduction, Cambridge: Cambridge University, 1992. 

Crowley, Aleister. The Book of Thoth: A Short Essay on the Tarot of the Egyptians. York Beach, ME: Samuel Weiser, 1969. Originalmente publicado em Equinox 3(5) in 1944, under sob o pseudônimo do autor, The Master Therion. 

Decker, Ronald, Theirry Depaulis, & Michael Dummet. A Wicked Pack of Cards: The Origins of the Occult Tarot. New York, NY: St. Martin's, 1996. 

Dummett, Michael. The Game of Tarot: From Ferrara to Salt Lake City. London: Gerald Duckworth, 1980.

Etteilla. Manière de se récréer avec le jeu de cartes nomées tarots [Como se divertir com um baralho chamado Tarô] Amsterdam & Paris: Segault & Legras, 1785.

O livro O Livro de Thoth – Tarô de Etteilla com o jogo completo de 78 cartas pode ser
adquirido na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolica.com.br

Giles, Cynthia. The Tarot: History, Mystery, and Lore. New York, NY: Fireside, 1992. 
Grand Etteilla: Ou Tarots Égyptiens [Grand Etteilla: Or Egyptian Tarot]. Paris: Grimaud (France Cartes), c. 1975. Esse baralho é baseado estreitamente no original de Etteilla de cerca de 1788. 

Gray, Eden. A Complete Guide to the Tarot. New York: Bantam Books, 1970. 

Greer, Mary. Tarot for Your Self: A Workbook for Personal Transformation. West Hollywood, CA: Newcastle, 1984. 

Halbronn, Jacques. L'Astrologie du livre de Thot: suivie de récherches sur l'histoire de l'astrologie du tarot[Astrologia do Livro de Thot: Orientado pela Pesquisa em História da Astrologia do Tarô]. Paris: Éditions La Grande Conjonction, 1993. Essa obra inclui uma reprodução do livro quatro da obra de Etteilla Manière de se récréer . . . tarots. 

Jorgensen, Danny L. The Esoteric Scene, Cultic Milieu, and Occult Tarot. New York, NY: Garland, 1992. 

Kaplan, Stuart R. The Encyclopedia of Tarot, vol. 2. Stamford, CT: U.S. Games Systems, 1986. 

Küntz, Darcy, trans. & ed. The Complete Golden Dawn Cipher Manuscript. Holmes: Edmonds, WA, 1996. The manuscript probably dates to the mid-nineteenth century. 

Lévi, Éliphas. A. E. Waite, trans. The History of Magic. Kila, MT: Kessinger, n.d. Originalmente publicado como Histoire de la magie (1860). 

Lévi, Éliphas. A. E. Waite, trans. Transcendental Magic: Its Doctrine and Ritual. Killa, MT: Kessinger, n.d. Originalmente publicado comos Dogme de la haute magie (1854) e Rituel de la haute magie (1855). 

Lhôte, Jean-Marie, ed. Court de Gébelin: Le Tarot présenté et commenté par Jean-Marie Lhôte [Court de Gébelin:O Tarô Apresentado e Comentado por Jean-Marie Lhôte. Paris: Berg International, 1983. Essa obra iclui uma reprodução do ensaio de Gébelin e Mellet sobre o Tarot, que originalmente apareceu na obra de Gebelin, Monde primitif. 

Mathers, S. L. MacGregor. The Tarot: A Short Treatise on Reading Cards. York Beach, ME: Samuel Weiser. Originalmente publicado como The Tarot: Its Occult Signification, Use in Fortune-Telling, and Method of Play(1888). 

Papus. Le Tarot divinatoire: clef du tirage des cartes et des sorts [The Divinatory Tarot: Key to Reading Cards and Sorts], 17th ed. St-Jean-de-Braye, France: Éditions Dangles, 1998. Originalmente publicado em 1909. 

Papus. A. P. Norton, trans., A. E. Waite, ed. The Tarot of the Bohemians: Absolute Key to Occult Science, 3d ed. North Hollywood: Wilshire Book, 1970. Originalmente publicado como Le Tarot des Bohémiens: Le plus ancien Livre du monde (1889). 

Regardie, Israel, ed. The Golden Dawn: A Complete Course in Practical Ceremonial Magic, 6th ed. St. Paul, MN: Llewellyn, 1989. A maior parte do conteúdo foi publicada de forma restrita e data de meados do século XIX ou do iníciodo séculoXX.

Revak, James W. The Influence of Etteilla and His School on Mathers and Waite. World Wide Web:http://villarevak.org/emw/emw_1.htm, 2000. 

Revak, James W., ed. & trans. Tarot Divination: Three Parallel Traditions, World Wide Web:http://villarevak.org/td/td_1.htm, 2000.2000. 

Schulman, Martin. Karmic Astrology Volume I: The Moon's Nodes and Reincarnation. York Beach, ME: Samuel Weiser, 1975. 

Waite, A. E. A Manual of Cartomancy and Occult Divination, 3d ed. Kila, MT: Kessinger, n.d. Originalmente publicado sob o pseudônimo do autor, Grand Orient, in 1909. 

Waite, A. E. The Pictorial Key to the Tarot (Being Fragments of a Secret Tradition Under the Veil of Divination). New York, NY: Barnes & Noble, n.d. Publicado primeiramente em 1910. 

Wirth, Oswald. The Tarot of the Magicians. York Beach, ME: Samuel Weiser, 1985. Originalmente publicado como Le Tarot: des imagiers du Moyen Age (1927). 

Zoller, Robert. The Arabic Parts in Astrology: A Lost Key to Prediction. Rochester, VT. Inner Traditions International, 1980.

Fontes para futuros estudos de Astrologia Horária

Barclay, Olivia. Horary Astrology Rediscovered. London: Schiffer Publications, Ltd. 1997. 

Doane, Doris Chase. Modern Horary Astrology. Tempe, AZ: American Federation of Astrologers (no date). 

Jones, Marc Edmund. Horary Astrology: Practical Techniques for Problem Solving. Aurora Press, 1993 (reprint). 
Louis, Anthony. Horary Astrology, Plain and Simple. St. Paul, MN: Llewellyn International, 1998.

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